A rede pública municipal de ensino de Rio do Sul participou com cinco trabalhos da 31ª Feira Catarinense de Matemática, que foi realizada entre os dias 28 e 30 de outubro, em Joinville. Entre os participantes, o projeto “Redução do Desperdício na Alimentação: menos é mais” garantiu vaga para Feira Nacional de Matemática que será realizada na Bahia, em 2016. Três foram destaques e um recebeu menção honrosa.
Entre os destaques, o projeto do Centro de Educação Infantil Cinderela, recebeu a indicação para participar da edição nacional da feira e fica na reserva. Para a orientadora do projeto Angela Cristina Hammann Scussel, além do excelente resultado na feira, na estimulação do ensino da matemática os projetos vão deixar outras marcas. “Estes projetos mudaram o contexto da sala de aula, o nosso por exemplo, estimulou a alimentação saudável desde cedo e como envolveu os pais fez com que eles também refletissem a respeito e colaborassem com a criação deste hábito nas crianças”, avalia.
Os representantes rio-sulenses já confirmados para a Feira Nacional de Matemática são da Escola Modelo Ella Kurth. O projeto deles foi pautado em um problema que enfrentavam e promoveu uma verdadeira mudança social. No projeto “Menos é Mais: Redução do Desperdício na Alimentação”, os alunos avaliaram a quantidade de merenda que ia parar no lixo, após o almoço e propuseram algumas alternativas para reduzir o desperdício.
O resultado foi uma redução de 30 quilos de alimentos que eram desperdiçados, por semana e mais aprendizado. “Os trabalhos nos impressionam pela criatividade e pelo grau de envolvimento de toda a comunidade escolar que é incentivada a construir o conhecimento com elementos do cotidiano e mostram que eles têm o poder de mudar a realidade com este conhecimento”, afirma a secretária de educação, Regina Garcia Ferreira.
Matemática e bons hábitos desde o berçário
Não foi só “Comer bem desde neném” que crianças de 1 a 2 anos aprenderam no CEI Cinderela durante a execução do projeto das professoras Isolene Odorizi de Almeida, Margareth Creutzberg e Maria Bernadete Silva Branger, noções de matemática envolvera a estimulação do consumo de diversas frutas e os resultados foram reunidos em gráficos. O trabalho foi baseado em uma mudança proposta pelas nutricionistas do CEI que queriam mudar o cardápio trocando alimentos líquidos e pastosos por alimentos sólidos, para as crianças com idade entre 1 a 2 anos. O projeto foi bem avaliado e ainda pode ser chamado para se apresentar no evento nacional.
Aprendizado ao alcance dos olhos
O projeto “A família e a matemática”, mostrou aos alunos do Jardim III, do Centro Educacional Prefeito Luiz Adelar Soldatelli que eles podem aprender matemática olhando para a própria casa. As residências de todos os alunos foram visitadas pela turma, fotografadas e serviram para fazer algumas análises matemáticas. As visitas ocorreram sempre nas segundas-feiras e se demonstraram uma forma prazerosa de aprender formas geométricas, a construção de gráficos, quantidades, adição, conceitos de maior, menor e igual, ordem crescente e decrescente, antecessor e sucessor.
Fantasia e números para aprender mais
A turma do Maternal II do Centro de Educação Infantil Padre Ângelo Moser conheceu “O mundo encantado da matemática com a turma do Chico Bento”, a escolha do personagem foi dos alunos e os professores mostraram que com criatividade é possível fazer com que as crianças se encantem pela matemática. As crianças aprenderam brincando e de forma interdisciplinar não só com a matemática, mas com música, contação de histórias e desenhos animados.
Conceitos aplicados a situações concretas
Já os alunos do 9º ano do Centro Educacional Willy Schleumer, aprenderam em situações do cotidiano a aplicação de conceitos matemáticos envolvendo semelhança e proporção. Para isso eles fizeram uma série de experimentos que envolveram filmagens, confecção de um pantógrafo e de uma câmara escura. Os professores envolvidos avaliaram que o trabalho com situações concretas tornou o aprendizado mais significativo.
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